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POMBA GIRA

"Seus fatores principais são o Estímulo e/ou Desejo, pois esta é a Energia que a Pomba gira nos transmite, e com muita propriedade!​"

Na Umbanda, temos uma Linha de Entidades de Trabalho que se identificam como Pomba Gira e que atuam na chamada Linha da Esquerda. São espíritos humanos que tiveram várias encarnações e que, com o tempo, obtiveram a permissão da Lei Maior para se assentarem à Esquerda dos Orixás e trabalharem em favor da nossa evolução.

Ninguém pode afirmar, ao certo, quem foi Pomba gira na sua última encarnação ou nas anteriores. E isso não interessa, na verdade. Aliás, quem somos nós para “julgar” quem vem nos ajudar? O que importa é que se trata de Espíritos a serviço da Luz e que, por já terem errado, conseguem entender os nossos erros humanos. Falam conosco “de igual para igual” (no sentido de compreensão) e podem nos ajudar no caminho da recuperação, a partir do momento em que assumirmos responsabilidade pelos nossos atos. Quando uma Entidade da Esquerda vem e nos conta um episódio do seu passado como encarnado, fala dos seus erros e das suas consequências quando deixou a carne, tudo isso nos serve de reflexão. Esse é um dos pontos de atuação de Pomba gira em nosso favor, pois quando ela fala de erros, acertos e consequências, ela sabe do que está falando e nos transmite sinceridade e veracidade.

Dentro da Umbanda Umbanda, quando POMBA GIRA se manifesta, estamos diante DO SAGRADO FEMININO. Por detrás daquele Espírito que vem trabalhar, há um Orixá Sustentador, há um Mistério da Criação Divina. Há também outros Pais e Mães Orixás Irradiadores, a amparar e indicar o campo específico de trabalho de cada Pomba gira.

Assim como Exu é um guardião e protetor na Esquerda, Pomba gira também é uma guardiã protetora atuante na Esquerda da Umbanda. Ela se apresentou como par natural de Exu e por esse motivo, no início das suas manifestações, se pensava que Pomba gira fosse “mulher de Exu” e até “mãe de Exu Mirim”. Com o passar do tempo, a Espiritualidade foi esclarecendo melhor aquele tipo de manifestação, aumentando a nossa compreensão a respeito dessas Entidades.

Há registros de que entidades com características semelhantes já se manifestavam no Brasil antes do advento da Umbanda. O pesquisador João do Rio, no livro “As religiões do Rio”, relata casos dessas manifestações nas chamadas “macumbas” cariocas.

Porém, com características próprias, a presença de Pomba gira se acentua na Umbanda nas décadas de 1960/70, coincidindo com os movimentos pela libertação feminina. E o que as Entidades Pomba giras têm a ver com isso?

Acontece que, justamente num período que coincide com os movimentos pela libertação feminina, as Pomba giras vieram com mais força na Umbanda, trazendo o arquétipo da mulher forte, destemida, segura de si, sensual (mas NÃO vulgar!), mostrando a força do poder feminino. Ao mesmo tempo, mostravam-se boas ouvintes e conselheiras. Envolventes, conseguiam fazer com que as pessoas lhes contassem seus problemas mais particulares e suas inseguranças, para então auxiliá-las. Com isso, as Pomba giras trouxeram um novo padrão de valor feminino para a sociedade, ajudando muitas mulheres a conquistarem autoconfiança e a recuperarem sua autoestima; e, indiretamente, auxiliavam a promover uma transformação do olhar masculino e de toda a sociedade para com as mulheres. Mais uma vez, nos deparamos com a Espiritualidade Superior buscando formas de nos ajudar a valorizar a figura da mulher e a quebrar mais um preconceito, levando a sociedade a avançar como um todo no caminho da fraternidade, da igualdade e do respeito ao outro.

Enfim, na atuação de Pomba gira há todo um Caminho Sagrado nos envolvendo, ao qual devemos amar, honrar e respeitar, dentro e fora da religião. Mas enquanto houver médiuns e consulentes umbandistas achando que podem pedir qualquer coisa a uma Pomba gira; ou médiuns vestindo roupas escandalosas, com “decotão’, transparentes, barriga de fora, com maquiagem e adornos excessivos, e requebrando de maneira vulgar por aí, e fazendo isso “em nome de Pomba gira”; enquanto isso continuar acontecendo, será difícil que a Umbanda obtenha o respeito das pessoas de fora da religião. E dentro da religião essas práticas absurdas só abrem caminho para a manifestação de seres trevosos, mentirosos e enganadores, que nada mais são do que afins com aqueles que deturpam o nome da Umbanda.

 

Regência principal: Orixá Pomba gira

Campo de atuação: Estímulo e Desejo

Atribuição: Estimular os seres nos Sete Sentidos da Vida (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração), desbloqueando energias densas no campo da sexualidade, onde realizam limpezas energética e quebram magias negativas.

Elementos de Trabalho: Punhal, leque, taças, pembas vermelhas, rosas vermelhas, pedras, búzios, moedas de cobre e/ou douradas, fitas e linhas vermelhas, sementes de olho de boi e olho de cabra, incensos, cigarrilhas, velas vermelhas.

Ponto de Força: No geral, as encruzilhadas em T. No específico, o ponto de força do Orixá que rege mais diretamente a sua atuação.

Cores: Vermelho, Preto e Bicolor Preto e Vermelho

Pedra (Otá): As Pedras vermelhas e rosas, tais como: Mica Rosa, Granada, Geodos de Ágata de Fogo.  

Dia da Semana: Segunda Feira

Nomes simbólicos: Pomba gira das Sete Encruzilhadas, Pomba gira das Sete Praias, Pomba gira das Sete Coroas, Pomba gira das Sete Saias, Pomba gira dos Sete Caminhos, Pomba gira das Matas, Rosa Caveira, Dama da Noite, Maria Molambo, Maria Padilha, Pomba gira das Almas, Pomba gira dos Sete Véus, Pomba gira Cigana, Pomba gira Rainha, Maria Quitéria, e etc.

Saudação: Laroiê, Pomba gira! Pomba gira Mojubá!

Oferenda para a Linha das Pombas Giras

Toalhas ou panos vermelho 

Velas vermelha

Fitas vermelha

Pemba vermelha

Flores: Rosas vermelha

Frutas: Morango, cereja, maçã, uvas rosadas, caqui, romã, acerola, pêssego

Bebidas: Champanhe rose ou vermelha

Fumo: Cigarrilhas

Comidas: Farofa com miúdos de frango fritos em azeite de dendê com pimentas.

Ervas com a vibração da Linha das Pombas Giras

Ervas quentes preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, pimentas, olho de cabra, olho de boi, garra de Pomba gira, quebra demanda, erva-de-bicho, arruda, aroeira, guiné, pinhão roxo, dandá da costa, tiririca, folha de café, picão preto, eucalipto, folha de pinheiro.

Ervas mornas preferenciais: Patchuli, malva, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, cravo, amora, hibisco, canela, manjericão roxo, gengibre.

Sugestão de banho: Casca de alho, Folhas de Pitanga e Rosa Vermelha  maceradas em água de fonte

Fonte: “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora / “Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos” de Rubens Saraceni - Editora Madras / umbandaeucurto.com / umbandaead.blog.br / umbandaedeus.blogspot.com.br / Curso Ervas na Umbanda - Adriano Camargo - Umbanda Ead

Imagem: Acervo Google imagens 

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